quinta-feira, 18 de junho de 2009

FISIOLOGIA RENAL




Os rins situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas e também por uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão enorme e possuem uma cápsula fibrosa, que protege o córtex - mais externo, e a medula - mais interna.
Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região renal.
O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo túbulo contorcido distal; este desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.


FORMAÇÃO DA URINA
• Tufo capilar onde ocorre a filtração do plasma e inicia a formação da urina.
• Apresenta uma arteríola aferente e uma arteríola eferente.
• A arteríola eferente dá origem a uma estrutura vascular (capilares peritubulares ou Vasa Recta) que penetra na medula renal e envolve a alça de Henle.
• Envolve 3 processos: Filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular.
• Uma substância para ser reabsorvida deverá passar através da célula tubular, difundir-se no meio intersticial e transpor o endotélio capilar para atingir o seu lume.
• Uma substância para secretada deverá passar pelo endotélio do capilar, difundir no meio intersticial e transpor a célula epitelial tubular para atingir o lume do túbulo.
• promove a vasoconstrição tanto sistêmica quanto da arteríola eferente com conseqüente aumento da taxa de filtração. Esse processo de auto-regulação permite que a taxa de filtração seja mantida mesmo quando o fluxo sanguíneo renal é baixo. Impede a falência renal na hipotensão arterial.
• Estimula a liberação da aldosterona (mineralocorticoide adrenal ) que promove a reabsorção do Na+ que carreia água para o leito capilar auxiliando no aumento da pressão arterial
• Induz a liberação de ADH que aumenta a reabsorção de água e uréia
• Estimula a produção e liberação de prostaglandinas vasodilatadoras renais , E2 e I2(prostaciclina) que atuam como moderadores do efeito vasoconstritor (feed-back).

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Patologias do Sistema Renal:



















PEDRA NOS RINS

O que é?
O homem expele pela urina grandes quantidades de sais de cálcio, ácido úrico, fosfatos, oxalatos, cistina e, eventualmente, outras substâncias como penicilina e diuréticos. Em algumas condições a urina fica saturada desses cristais e como conseqüência formam-se cálculos. Não é um fenômeno raro até a idade de 70 anos. Aproximadamente 12% dos homens e 5% das mulheres podem ter, pelo menos, um cálculo durante suas vidas. A doença é mais comum no adulto jovem, em torno da 3 ª ou 4 ª década de vida, predominando na raça branca e não havendo diferença de sexo.

Como se desenvolve?
A formação de cálculos é um processo biológico complexo, ainda pouco conhecido, apesar dos consideráveis avanços já realizados. Hoje, constata-se que mudanças nos regimes alimentares, promovidas pela industrialização dos alimentos, mais ricos em proteínas, sal e hidratos de carbono, aumentaram a formação de cálculos.
Todo o indivíduo produtor de cálculos tem envolvimento com um ou mais fatores geradores de cálculo.
Fruto de uma hidratação inadequada, esta pode ser a única alteração encontrada em alguns portadores de cálculo renal, o volume urinário permanentemente inferior a 1 litro ocorre por maus hábitos alimentares ou por situações ambientais como clima muito seco, atividades profissionais em ambientes secos (aviões, altos fornos) que favorecem a supersaturação urinária de sais formadores de cálculos.

O que se sente e como se faz o diagnóstico?
O cálculo renal pode ser assintomática, reconhecida somente em exames ocasionais. Na maioria das vezes,se apresenta com manifestação de dor (cólica). Muitas vezes, os cálculos podem obstruir a via urinária. A cólica renal é o sintoma agudo de dor severa, que pode requerer tratamento com analgésicos potentes. Geralmente, a cólica está associada a náuseas, vômitos, agitação. A cólica inicia quase sempre na região lombar, irradiando-se para a fossa ilíaca, testículos e vagina. No sedimento urinário, pode-se observar hematúria que, com a dor em cólica, nos permite pensar na passagem de um cálculo. A investigação clínica, na fase aguda, inclui além do exame comum de urina, um RX simples de abdômen e uma ecografia abdominal.

Como se trata?
Tomar bastante líquidos é o principal item do tratamento, visando reduzir a concentração e supersaturação dos cristais urinários, e dessa forma, diminuir a formação de cálculos.
O ideal de tratamento é suprimir a recorrência e evitar que os cálculos existentes cresça, por isso, o tratamento é diversificado e prolongado, requerendo o comprometimento permanente do paciente. Após seis meses de tratamento, deve-se repetir a seqüência de exames para avaliar a eficiência da ação terapêutica. A revisão é fundamental para ajustar as medidas usadas no controle da recorrência e estimular o paciente na continuidade do tratamento.
Os cálculos maiores de 0,8 cm não saem espontaneamente, por isso é necessária a intervenção do urologista para a retirada do cálculo por métodos cirúrgicos ou métodos extracorpóreos, endoscópicos ou litotripsia.

Cuidados de bom senso:
1) Praticar uma dieta rica (50%) em alimentos crus, frescos, integrais, com elevado teor de fibras e substâncias antioxidantes, logicamente isentos de agrotóxicos, Não esquecer das raízes que são excelentes repositores energéticos dos rins;
2) Hidratar-se diariamente com os sucos da Alimentação Desintoxicante e chás diuréticos, principalmente os de cavalinha, salsa e dente de leão. São cerca de 8 copos/dia de líquidos entre sucos, chás e água e;
3) Fazer uso diário da Terapia da Limonada.
Alerta Importante: durante uma crise renal, não se deve consumir o limão, pois, neste caso, será contra-indicado. Seu poder adstringente atuaria contra a expulsão, retardando-a ao invés de acelerá-la. Mas, a não ser no momento de crise, seu efeito será sempre benéfico, atuando como um coadjuvante do tratamento principal.


LIMÃO X RINS

O consumo diário de uma limonada pode ser um bom tratamento terapêutico para prevenir e até adiar o desenvolvimento de cálculos renais. O limão tem propriedades adstringentes, portanto, de ajudar (ou inviabilizar a formação) na dissolução de aglomerados de cristais e células gordurosas.
Assim, pessoas que têm propensão para formar cálculos renais quando procuram o centro de tratamento da Universidade do Wisconsin, em Madison/EUA, são logo orientadas para uma prática alimentar que é a terapia da limonada.
Uma das indicações mais freqüentes dos médicos é o sal alcalino conhecido como citrato de potássio, que não deve ser tomado em comprimidos ou em forma líquida. E o limão está repleto de citrato natural.
Na verdade, o limão é destacado a fruta mais cítrica de todas as da sua família. O suco de qualquer uma das variedades de limão contém cerca de 6% de ácido cítrico, na forma de citratos, enquanto as demais frutas cítricas (laranja, tangerina e pomelo) contêm cerca de 0,5% de ácido cítrico, ou seja, cerca de 10 vezes menos.
E, de acordo com Steven Nakada, diretor e professor de urologia daquela universidade, a terapia da limonada, com pouco ou idealmente nenhum açúcar, irá provocar um aumento da quantidade de citratos na urina, inibindo assim a formação e precipitação de cristais, que ao longo do tempo vão aumentando de tamanho e tornando-se “pedras” ou “cálculos”.
A terapia da limonada não tem efeito tão imediato como o consumo direto do citrato de potássio, mas para quem quer evitar remédios, e fazer um tratamento preventivo, é uma alternativa muito sábia e consciente. Outra vantagem é que o suco do limão é um diurético e laxante natural. A receita indicada pelos médicos daquela universidade é uma parte de suco de limão para sete partes de água, ou seja, suco de 1 limão diluído em 1 copo de água.
Cálculos renais se formam quando a urina fica supersaturada (concentrada) de sais, que irão cristalizar, ou seja, precipitar-se na forma de cristais, caso a urina não contenha substâncias que evitem esta formação e precipitação de cristais. Uma dessas substâncias é o citrato.
David Kang, estudante de medicina descobriu que a terapia da limonada pode ajudar na prevenção e tratamento por um longo tempo.




Soluço pode ser sinal que a saúde não vai bem
Freqüência aumentada dos espasmos pode representar problemas nos rins
Bastante conhecido, o soluço atinge desde recém-nascidos até a terceira-idade. Muitas vezes ele é inofensivo para o organismo, mas dependendo da freqüência em que ocorrem, os soquinhos podem até sinalizar um problema de saúde."As causas do soluço são diversas e estão sempre relacionadas à contração do diafragma, que reage na forma de espasmos de ar". A freqüência aumentada desses espasmos pode sinalizar que alguma coisa não anda bem com o organismo. Quando isso acontece, as causas do soluço são classificadas de duas formas. A primeira, endógena, está ligada a problemas de saúde como: aumento de sódio no organismo; insuficiência renal crônica; infecções no sistema nervoso central, que regulam a respiração, e até mesmo tumores na base dos pulmões. Enquanto a outra, de origem exógena, pode estar relacionada a: traumatismos na base no tórax e pós-operatório ligados a cirurgias na base superior do abdômen.